sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

No meio das estrelas, procurei por o brilho do teu olhar...
Não o encontrei.
No meio dos raios de sol, procurei por o teu sorriso...
Não o encontrei.
No meio de tesouros, procurei por ti...
Não te encontrei.
E quando por fim te encontrei...
Não me achei.
Oiço a água da chuva lá fora a cair.
Cá dentro, sinto a água a percorrer o meu corpo,
A lavar-me a alma e a vontade de escrever aparece-me...
Surgem-me palavras sem sentido,
Descontroladas como as gotas da água.
Sinto o pensamento a fluir,
E surge a vontade de colocar as palavras em ordem...
Mas, não consigo...
Já não tenho o dom da escrita...
Sinto-o a vazar de mim, assim como água vaza pelo ralo do chuveiro.
Levanto a cabeça e vejo a pequena luz que me ilumina,
Apesar de tudo ainda resta um pouco de esperança,
Mas a luz é tremula, tão tremula que tudo se esvai num momento.
Fecho a torneira. Envolvo o corpo molhado. Aconchego-me e assim permaneço...
Não quero sair daqui. Também, não tenho para onde ir...

domingo, 8 de dezembro de 2013

Eu era uma silhueta
Escura e deprimida...
Vivia na tristeza
Por me sentir tão incompleta.

Mas ao som desta canção
As palavras começaram a dançar...
E junto com elas o meu pensamento também baila
Reflexo do que vai surgindo no meu coração.

A leveza invade-me,
A alegria torna-se bem presente...
Meus olhos, meus lábios e meu corpo sorriem
Enquanto o amor expande-me.

Torno-me uma pessoa
Dividida em muitas outras...
Já não me sinto uma estranha para mim mesma
E pelo universo a minha alma ressoa.

Agora sinto-me completa
Com estes sentimentos tão profundos...
Já não sou aquela
Deprimida e escura silhueta.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Eu. Eu sou assim: um quanto ou tanto trapalhona.
Desajeitada no meu jeito.
Não vendo ninguém quando vou andando pelas ruas.
Tropeçando nas palavras sempre que converso.
Rindo desajeitadamente, mas de um modo tão meu.
Pareço aluada e distraída, mas dentro de mim existe uma rapariga extremamente organizada,
com ideias e ideais, com princípios e valores de moral.
Eu sou assim: eu.

25/11/2013

sábado, 9 de novembro de 2013

Toda eu sou poemas e prosas.
Entre as nuvens tenebrosas
Encontro as palavras certas
Escrevo-as, pois elas foram redescobertas.

Toda eu sou poemas e prosas.
E nestas montanhas rochosas
Encontro a minha inspiração
Que pula dentro do meu coração.

Toda eu sou poemas e prosas.
E nas asas das mariposas
Encontro a beleza
Perdida em mim e achada na natureza.

Toda eu sou poemas e prosas
E as rimas para mim são saborosas.

Dois


Dois...
Hoje descobri para que temos dois braços...
Dois braços dividem um colo em dois.
Dois ombros para encostar duas cabeças.
Dois braços para amparar duas almas,
para acolher dois corações.
Um colo para dois.
Uma alegria multiplicada por dois.
Hoje descobri que dois é um número bonito.
Dois...

<3 E. <3 S.

domingo, 20 de outubro de 2013

Sou feliz...


Sou feliz a cada amanhecer quando sinto a vida invadir-me.
Sou feliz a cada cheiro que distingo.
Sou feliz a cada olhar, a cada apreciação perfeita.
Sou feliz a cada toque. 
Sou feliz a cada doce paladar.
Sou feliz em cada sorriso que dou ou que me dão.
Sou feliz a cada dança.
Sou feliz quando sinto a água.
Sou feliz quando o sol me entra pela janela.
Sou feliz a andar descalça,
especialmente na erva.
Sou feliz quando falo feito tagarela.
Sou feliz porque sou assim.
Sou feliz porque sou eu.

domingo, 13 de outubro de 2013

Se eu adormecer

Se eu adormecer
Embalada ao som de uma qualquer melodia,
Tu vais olhar-me e encontrar meu coração repousado,
Mas continuando por ti a bater...

Se eu adormecer
Inquieta nos meus sonhos,
Tu vais abraçar-me e sussurrar-me ao ouvido:
"Calma meu bem, eu continuo a te querer"...

Se eu adormecer
E estremecer com frio,
Tu, vais cobrir-me com carinho
E o amor entre nós vai acontecer...

Se eu adormecer
Embalada ao som de uma qualquer melodia,
Tu vais olhar-me e encontrar meu coração repousado,
Mas continuando por ti a bater...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conversas com o Criador (3)


A Ti inclino a minha cabeça
E faço chegar a minha oração.
Olha para dentro de mim
Examina o meu coração.

A Ti me entrego de toda a alma.
Estende-me a Tua mão 
Eu agarrá-la-ei com força,
Com toda a minha devoção.

sábado, 7 de setembro de 2013

Este meu mundinho é o meu refugio. Vivo neste meu universo tão meu e só meu.
Pareço alienada, mas acompanho cada pormenor ao meu redor.
E é aqui que me surgem os pensamentos e as palavras. É aqui que eles se conjugam e dão lugar à minha escrita.
Tenho este meu jeito solitário, mas espero por a companhia que se enquadre neste meu mundo assim como eu me enquadro nele.
Sempre fui eu. Muito só eu e eu.
Sou como uma estrela brilhando sem direcção. Sem ter o que iluminar.
Então, eu aqui fico sentada no meu canto, juntando palavras e pensamentos sem sentido. Alimentando a imaginação com sonhos e promessas perdidas no tempo, perdidas no espaço, perdidas no universo.

10/06/2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Hoje...


Hoje, descalcei os sapatos e pendurei o vestido.
Hoje, olhei no espelho, mas o meu reflexo não era visível.
Hoje, perdi-me em mim e no que já não sou.
Hoje, olhei e não me vi. E gostei.
Hoje, sumi do mundo e era apenas eu só para mim.
Hoje, estive entre paredes que não me acolhem.
Hoje, tudo se desmoronava e eu não me importei.
Hoje, foi um bom dia para o fim.
Hoje, foi apenas mais um dia...


28/06/2013
Ontem menina, hoje mulher.
Ontem inocente, hoje sábia.
Ontem perdida, hoje achada.
Ontem medrosa, hoje confiante.
Ontem desconhecida, hoje famosa.
Ontem frágil, hoje forte.
Ontem menina, hoje mulher.

23/06/2013

Toda a menina quer ser mulher.
Toda a menina usa as coisas da mãe.
Toda a menina "gosta de ir às compras, vestir e maquilhar-se".
Toda a menina quer ser linda. 
Toda a menina espera por o seu príncipe.
Toda a menina quer crescer.
Toda a menina quer viver os seus sonhos.

01/06/2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Guardo-te...

Guardo o teu toque.
Guardo o teu cheiro.
Guardo o teu beijo
e o teu olhar.
Guardo-te por completo...
Ou incompleto,
Guardo o teu ser no meu ser...

domingo, 18 de agosto de 2013

Um suave beijo.
Um profundo desejo.
Um sentimento cá dentro.
Pela noite dentro um só pensamento.
Um forte querer.
Que nasceu sem perceber.
Um doce gostar.
Contigo fui encontrar.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Espero o dia em que te vou ver levantar. 
Espero o dia em que te abraçarei de novo. 
Espero o dia em que me digas tudo o que ainda me tinhas para dizer. 
Espero o dia em que estaremos juntos de novo.
Espero o dia em que vamos caminhar juntos.
Espero por ti... Um dia destes...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Partir


Hoje eu queria partir
Ir ao teu encontro...
Não posso deixar de sentir
O que meu coração tem cá dentro...

A falta que sinto
É enorme e causa dor...
Sim, é verdade eu não minto
Ainda és o meu amor...

Estou só e assim ficarei
Até as nossas almas se encontrarem...
Durante toda a minha vida esperarei
Para nossos corações se juntarem...
E se o tempo não levar tudo o que tem de levar?
E se tudo permanecer como era?
Quem vou ser eu?
O que vai ser de mim a viver com esta inquietação no meu peito?
O que seremos nós, meros viajantes passageiros na vida um do outro?
O que será do sentimento que cresceu de forma tão intensa em mim?
E se o tempo não levar tudo o que tem de levar?
E se eu continuar a amar-te sem que tu o saibas?
E se tu soubesses iria mudar alguma coisa?
Ó tempo cruel, porque não levas tudo para longe de mim?

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Eu queria estar...
Eu queria ficar...
Eu queria sentir...
E queria que tu estivesses...
Que tu ficasses...
Que tu sentisses...

sábado, 18 de maio de 2013

Ser professor(a)

Ser professora 
É saber ensinar,
É saber educar, 
É saber disciplinar no momento certo,
É saber dizer "sim" e aprender a dizer "não"...
Ser professora
É ser, 
É estar, 
É fazer...
Ser professora
É uma bênção, 
É ter um caminho duro para se percorrer
E fazê-lo de todo o coração,
Com todo o amor do mundo 
E com um sorriso no rosto...
É receber as crianças de braços abertos 
E em troca, encherem-nos a alma quando
Nos chamam de "professora"...

sábado, 20 de abril de 2013

Porque é que quando voces partem o coração aperta?
Porque é que quando voces partem inevitavelmente uma lágrima se nos desprende?
Porque é que quando voces partem fica um vazio dentro de nós?
Porque é que quando voces partem a nossa vida muda?
O coração aperta porque voces fazem parte dele.
A lágrima desprende-se porque sabemos que não mais vos veremos.
O vazio fica porque, apesar de termos consciência que voces têm um novo (re)começo, não vos queremos deixar.
A nossa vida muda porque voces fizeram parte dela e também contribuíram para as nossas mudanças.

Que tenhas um bom (re)começo de vida, minha querida, minha B.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O gemido do violino


Ao som do gemido do violino
Rasgam-se as minhas entranhas...
Pareço um mero clandestino
Viajando por terras tão estranhas...

E nesses breves momentos
Vejo-me mas, não sou eu...
São lembranças, ou serão pensamentos?
São ligações a quem não conheci, a quem já morreu?

Este som eterniza-me, faz-me sentir ligações
Com algo que desconheço...
Faz-me inverter posições,
É assim que enlouqueço...

Mas, não posso parar de o ouvir
Pois é ele que me abraça...
E só assim, sou capaz de prosseguir,
De me livrar de tudo o que me enlaça...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Arno Stern refere-se à expressão como: "um vulcão, algo que brota espontaneamente, algo que vem do interior, das entranhas, do mais profundo do ser. Exprimir-se é tornar-se vulcão. Etimologicamente, é expulsar, exteriorizar sensações, sentimentos, um conjunto de factos emotivos. Exprimir-se significa realizar um acto, que não é ditado, nem controlado pela razão".

sábado, 30 de março de 2013


"Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros).
Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me aponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore [?] e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço."

1915?
Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Fernando Pessoa.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Menina dos teus olhos...

Num dia fui a menina dos teus olhos,
E por mim darias a vida...
Tinhas um terno colo,
Terno amor.
Mas partiste, e deixaste-me...
Fiquei sem ti na minha vida,
Chorei-te no momento da partida...
Até hoje, só uma vez mais te senti
Tão vivo dentro do meu coração...
Mas, não deixei de ser a tua princesa 
A quem seguravas pela mão...

terça-feira, 12 de março de 2013

Quero alguém?

Sim. Quero alguém que me olhe nos olhos e perceba o que estou a pensar.
Sim. Quero alguém que me deixe ser como sou e me aceite sem reservas.
Sim. Quero alguém que me faça companhia e que me deixe acompanhar.
Sim. Quero alguém que me abrace e eu me perca no tempo.
Sim. Quero alguém que me beije e me deixe sentir seu perfume.
Sim. Quero alguém que sinta o pulsar do meu coração e que o seu responda em sintonia.
Sim. Quero alguém que goste de mim e de quem eu também possa gostar.
Sim. Quero alguém...
Olha!
Observa, o que eras outrora...
Vê o teu encanto...
Agora, bilhas como a aurora
Sobre um imenso manto branco...

És luz na escuridão
De quem não te sente,
De quem não ouve teu coração...
Mas, tu és estrela cadente,
Tu és salvação...

Teu olhar invadiu o meu ser,
Teu carinho sem contar
Me deu poder...
Para continuar a sonhar, a lutar...

domingo, 10 de março de 2013

Palavras...
São palavras que me surgem, sem sentido, sem compreensão mas, com muita emoção.
São palavras que vêm de dentro de mim, são palavras de coração.
São palavras doces como o mel ou amargas como fel.
São palavras minhas que podiam ser tuas e de mais ninguém.
São palavras que dão sentido a quem anda realmente perdido.
São palavras que me levam para perto de ti, coisa que eu nunca senti.
São palavras que me unem numa imensidão à qual não pertenço mas, que tão bem reconheço.
Palavras... São palavras no meu mundo e eu no mundo delas...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Quando percebi que partiste o meu mundo desabou... Tenho de fazer o "luto" porque sei que tens um novo começo e desejo-te as maiores felicidades mas, quando foste levaste um pedacinho de mim contigo, levaste um pedacinho do meu coração...
És um doce e tens um encanto no olhar como nunca vi, tens um sorriso que atravessa a alma de quem te olha, de quem te ama...
Fizeste parte de mim, minha riqueza, minha M.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Eu sou livre

Eu sou livre
Mas, tenho amarras
Que me prendem na imensidão,
Que fazem palpitar meu coração.

Eu sou livre
Mas, não saio do sítio
Que é o meu lar,
A minha protecção.

Eu sou livre
Mas, não quero partir
É aqui que pertenço,
É aqui que sou eu mesma sem reservas.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"Take my hand"
Gosto de ti
Quando me sorris.
Gosto de ti
Quando me olhas.
Gosto de ti
Quando me seguras.
Gosto de ti
Quando vens ao meu encontro.
Gosto de ti
Quando me abraças.
Gosto de ti
Mas não me pertences.
Gosto de ti
E sinto que também gostas de mim. 

De tranças e rabos de cavalo

«"Graças a Deus pelas meninas."
... De tranças e rabos de cavalo,
de jeans ou vestidos de festa,
a trepar às árvores, a ler livros,
a comer chupa-chupas e
a virar os carinhos de mão, a fazer
amigos e a desfazer os amigos...
Elas trazem um encanto especial
ao mundo, um deleite nos
pormenores, uma ternura no
relacionamento, uma sensibilidade à alegria
e à tristeza e
verdade espiritual...»

MICHELE GUINNESS in "TAPESTRY OF VOICES"
in UM LIVRINHO PARA A MINHA FILHA - HELEN EXLEY
que me foi oferecido pela minha mãe

sábado, 5 de janeiro de 2013

Recuando no tempo.
À um ano atrás jazia
Um corpo quase sem vida
Numa qualquer mesa de operações.
Sem reacção a nada, 
Sem dor,
Sem sentimentos,
Sem pensamentos,
Sem emoções.
Cá fora o contrário acontecia
Num turbilhão forte
Mas, que não me atingia.
Fui acordada com mimos de um desconhecido,
Vestido de verde que me dizia:
"Correu tudo bem. Amanhã falamos contigo
que de hoje não te vais lembrar de nada."
Enganado estava aquele anjo
Que me fez renascer...
Tive o azar de me definhar aos poucos 
Mas, a sorte de duas vezes nascer...